14 de julho de 2010

Um grito

   Não queria escrever mas como minhas mãos conseguem falar o que fica preso na garganta, aqui estou. O servir e o estudo disfarça a dor. É a dor da saudade. O tempo passa tão rápido e ao deitar-me só me lembro do Deus que não largava do meu pé. Sim, eu gostava disso e por isso hoje sinto falta. Hoje estou um pouco cega e não vejo isso. Graças a Ele, pra quem tem essa deficiência, o ouvido parece funcionar mais que o normal. Ainda ouço. E como ouço! Algo me diz: "te quero perto", "te amo", "estou contigo", "não desista", "sou seu melhor amigo". Lágrimas caem ao admitir isso. Ao ler uma carta feita por uma criança da MEAP para mim, ela expressava tantas qualidades minhas que hoje me pergunto: "Cadê essa Fernanda de um ano atrás?". 
   Forças se esgotando. Agora espero as pedras rolarem.

Um comentário:

Raísa disse...

Nanda, as vezes sinto a mesma coisa. Se ver mudada, diferente e sentir falta do antes. sei la. o que que a gente faz nessas horas?